SÃO PAULO — Na tarde desta quinta-feira (6), o deputado federal Jair Bolsonaro, candidato à Presidência da República pelo Partido Social Liberal, foi vítima de um atentado na cidade de Juiz de Fora (MG). Segundo as informações mais recentes, publicadas na página no Twitter de Flavio Bolsonaro, dão conta que o presidenciável passa por cirurgia neste momento na Santa Casa do município e está em situação grave por conta de uma lesão hepática grave causada pela facada. Além do fígado, a perfuração atingiu o pulmão e a alça do intestino, fazendo com que ele perde muito sangue.

O agressor é Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos. Natural de Monte Claros, no norte de Minas, ele foi detido pela Polícia Federal, que escoltava Bolsonaro na hora da passeata onde aconteceu o ataque.

Segundo o Especialista em Políticas Públicas Leonardo Rossato, o atentado é um reflexo do clima acalorado que vive a campanha para o Planalto neste ano. “Um ato extremo desses nunca tem justificativa. A política não deve ser feita tendo a violência como parâmetro. Mas também é fato que o discurso raivoso do Bolsonaro serve para atrair sentimentos muito extremos: há os que amam apaixonadamente o candidato, e há os que odeiam profundamente. Há cinco dias ele está mandando “fuzilar a petralhada” no Acre. Querendo ou não, discurso de ódio traz ódio na direção contrária. Provavelmente foi isso o que aconteceu hoje. Um ato motivado pelo ódio a um discurso de ódio, praticamente uma prova por A + B que o ódio gera ódio”.

Rossato defende também que caso Bolsonaro consiga se recuperar plenamente do ataque, a campanha pode ter um reflexo imediato, mas que não pode ser ainda descrito como definitivo nas intenções de voto da população. “os próximos dias a comoção deve fazer com que ele ganhe alguns votos, ficando mais próximo do segundo turno. Depois, esses votos devem arrefecer. Ainda falta um mês pra eleição, um evento desses acaba afetando o resultado final só de maneira marginal no fim. Mas, ao mesmo tempo, qualquer influência marginal pode ser decisiva em uma eleição tão equilibrada. No entanto, é inegável que o efeito desse atentado é positivo para as pretensões eleitorais de Bolsonaro”.

O que sabemos até agora

  1. Estável e sem sangramento

    Estado de Jair Bolsonaro é estável.

  2. Esfaqueador se entregou

    O esfaqueador é Adélio Bispo de Oliveira, tem 40 anos e é de Montes Claros, norte de Minas.

  3. Faca atingiu o fígado

    O candidato está com lesão hepática grave.

  4. Polícia Federal fazia escolta


  5. Adélio era filiado ao PSOL

    Segundo dados do TSE, entre 2007 e 2014, o esfaqueador foi filiado ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)

O que não sabemos

  1. Quando Jair Bolsonaro receberá alta do hospital

O que vem a seguir

  1. Mudanças no cenário eleitoral
  2. A segurança dos candidatos nos comícios

A matéria será atualizada ao longo das próximas horas.

Atualizado em 06.set.2018 às 19h12.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *