Com validade prevista até 2023, medida aumenta a chance do adolescente em internação ser preparado para a área em que poderá usar suas melhores habilidades

RECIFE  — Na última semana de agosto, a Fundação de Atendimento Socioeducativo (FUNASE) deu início a uma parceria com o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), com o objetivo de dar um preparo técnico e incentivar a relação social dos adolescentes internados.

Alguns cursos profissionalizantes já são oferecidos em eventuais parcerias com  instituições como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), SENAI e o próprio IFPE.  Os socioeducandos que concluem os cursos avançam no processo de transição do internamento para a liberdade assistida. A intenção é que o acordo entre os institutos facilite a cooperação técnica e intensifique a interação dos jovens.

Em junho, doze adolescentes da unidade de Caruaru foram contemplados com um curso de informática. Deste total, nove concluíram as 32 horas obrigatórias de curso e receberam o certificado oferecido pela prefeitura do município.

No mesmo mês, oito socioeducandos do município de Jaboatão e dois de Santa Luzia foram certificados pelo curso de Instalações Elétricas Residenciais e Noções de Gestão de Pequenos Empreendimentos, ofertado pela primeira vez pela UFPE. Já na cidade de Abreu e Lima, oito jovens receberam a certificação no curso de pintor imobiliário, com carga horária de 40 horas, por meio de parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Pernambuco (Senar-PE). Apenas no ano de 2018, esta unidade da FUNASE já recebeu cursos de eletrônica com ênfase em robótica, produção de vídeo e informática básica.

A expectativa é que, ao saírem da Fundação, mais jovens estejam aptos para integrar o mercado de trabalho e dar um grande passo para a reinclusão na sociedade.

A oferta de cursos profissionalizantes já faz parte do calendário de várias unidades da Fundação

Segundo a assessora de imprensa da FUNASE, a coordenadora geral da Casa de Semiliberdade (CASEM) de Caruaru, Anabel Brandão, “é de suma importância profissionalizar os adolescentes e fortalecer as parcerias. É gratificante para nós, pois essas atividades proporcionam a integração após a liberação”.

Em entrevista à Rádio Cultura do Nordeste a presidente da Fundação, Nadja Alencar, afirmou que a população deve compreender “que os socioeducandos estão agora na FUNASE, mas, em breve, vão voltar para a sociedade”, reconhecendo importância de medidas sociais.

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